De Família Corsi
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Foi então, a partir de 1950, que Tida deixa a vida rural e passa a ser uma cidadã integrante e parte da cidade de Ribeirão Preto. Como havia experiência com o cultivo e a organização de algodão, no início da década de 1950, trabalhou juntamente com suas irmãs mais novas nas [[Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo]]. Ela ficou nas indústrias por seis anos, e acabou desenvolvendo um problema nos olhos, precisando aposentar por incapacidade para o trabalho. Tida tinha olhos azuis-celestes e cabelos louros escuros, e isso chamou a atenção de Arthur de Souza, com quem se casou aos dezoito anos, em 22 de novembro de 1951.
Foi então, a partir de 1950, que Tida deixa a vida rural e passa a ser uma cidadã integrante e parte da cidade de Ribeirão Preto. Como havia experiência com o cultivo e a organização de algodão, no início da década de 1950, trabalhou juntamente com suas irmãs mais novas nas [[Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo]]. Ela ficou nas indústrias por seis anos, e acabou desenvolvendo um problema nos olhos, precisando aposentar por incapacidade para o trabalho. Tida tinha olhos azuis-celestes e cabelos louros escuros, e isso chamou a atenção de Arthur de Souza, com quem se casou aos dezoito anos, em 22 de novembro de 1951.

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Edição atual tal como às 22h45min de 7 de agosto de 2023



Maria Aparecida Corsi
Maria Aparecida Corsi
Nascimento 06 de julho de 1933
  Ribeirão Preto
Esposo Artur de Souza
Descendência Otávio de Souza
Marli de Souza
Edson de Souza
Marilza de Souza
Elaine Aparecida de Souza
Paulo César de Souza
Rogério de Souza
Casa Corsi
Dinastia Corsi-Bonamici
Pai Pilade Corsi
Mãe Maria Cella
Brasão

Maria Aparecida Corsi (Fazenda Santo Antonio, Ribeirão Preto, 06 de julho de 1933), mais conhecida pelo seu apelido Tida foi a nona filha em linha do marquês Pilade Corsi e Maria Cella que chegaram à idade adulta. É a última remanescente viva da décima primeira geração dos descendentes de San Pellegrinetto e Caiazzo.

Vida[editar]

Primeiros Anos[editar]

Nascida na Fazenda Santo Antonio em Ribeirão Preto em 06 de julho de 1933, foi a penúltima de dez filhos que chegaram a idade adulta do marquês Pilade Corsi e Maria Cella.

Desde pequena foi envolvida diretamente com a lida da fazenda. Sua família habitava desde o início da década de 1910 a fazenda Santo Antonio, mas era desde 1917 que seu pai Pilade ficou encarregado, em nome de João Emboaba da Costa, de suas fazendas, plantio e colheita, tendo alguns privilégios. Quando Tida nasceu, não havia mais a geração de café no local, e toda a criação do lugar se voltava ao algodão.

A fazenda era situada na região da Estação Ferroviária Santa Thereza da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e limítrofe da Fazenda Vista Alegre de Francisco Schmidt, cortada pelo Ribeirão de codinome "Preto", que batizou a cidade homônima. Estava localizada onde hoje repousa o bairro Alto da Boa Vista e a Vila Virgínia.

Tida cresceu e foi criada, por tanto, assim como todos os seus irmãos, redirecionada ao plantio e colheita como todo agricultor. Desde pequena aprendeu a cozinhar e foi influenciada ao serviço doméstico, e, seguindo os trilhos do trem desta dita Estação Ferroviária Santa Thereza, percorria todos os dias quase seis quilômetros de distância entre a colônia em que vivia e as plantações para levar as marmitas de seus irmãos que já trabalhavam diretamente na lida e colheita de insumos.

Fotografia de 1925 mostra a colheita do algodão na fazenda Santo Antonio em Ribeirão Preto.

Nascida no início da década de 1930, ela não presenciou a era do café em seu auge, e não precisou trabalhar diretamente na lavoura por tantos anos como seus pais e irmãos, e foi mais presente na era da industrialização do país, iniciada no início da década de 1930, muito embora habitasse no interior de uma cidade latente nesta época.

Ela e uma de suas irmãs, Olga Corsi, faziam aniversário no mesmo dia. Por isso, comemoravam em conjunto, como se fossem gêmeas. Sempre que o aniversário das duas se aproximava, Pilade organizava uma grande festa na colônia Emboaba, onde habitavam. Olga passou toda sua infância cercada por seus irmãos e por pessoas que trabalhavam na lavoura, e, por tanto, se sentia parte desta comunidade que batizavam de "colônias".

Mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo de 1925, Folha de Ribeirão Preto, revela que em 1925 as estruturas criadas por Antonio Barbosa Ferraz Junior ainda se mantinham, mesmo com o advento do início da industrialização da cidade. Fazenda Santo Antonio, Boa Vista e a Colônia Emboaba aparecem mencionadas no mapa, bem como a fazenda Humaytá, que nesta época ainda pertencia a João Emboaba da Costa

Tida viveu desta maneira, entre as fazendas Santo Antonio e a Colonia Emboaba na Fazenda Boa Vista até a década de 1945, ocasião em que o dono delas, João Emboaba da Costa decide desfazer-se de suas terras que são vendidas e arrematadas em conjunto, posteriormente destruídas e transformadas em lotes de bairro, donde insurge as atuais localidades do Alto da Boa Vista, Jardim Califórnia, dentre outros.

Após a venda de Santo Antonio, Pilade perdeu sua função, pois era encarregado direto nestas fazendas, e a família teve de se realocar arrematando alguns terrenos na Villa Virgínia, localidade onde mudaram e viveram a partir desta década de 1950. Vale apena dizer que Tida nesta época tinha por volta de dezessete anos, e, enquanto alguns irmãos já tinham saído de casa e constituído família, ela seguiu com os pais para esta residência.

A Villa Virgína era um bairro recém inaugurado na cidade de Ribeirão Preto nesta época e estava em uma formação ainda embrionária. Em 1923 foi arrematada em praça pública os lotes da antiga chácara paraíso, que era uma gleba de oito alqueires por Álvaro de Lima, e ele as batizou de Vírginia em homenagem a sua esposa, transformando o lugar em lotes que foram vendidos para pessoas que queriam habitar a cidade. Foi o caso de Pilade e seus familiares, que aproveitaram a oportunidade dos preços mais baixos pela fundação do bairro, para se mudarem.

Ainda, é necessário destacar que, desde a década de 1930, o pai de Tida, Pilade, havia sofrido um grave acidente que incapacitou sua fala por completo e praticamente deformou seu rosto. Então, podemos dizer que já era mais amargo e carrancudo, e não tinha tanto amor para dar, embora tivesse seus momentos. Quem se encarregou disso foi a mãe dela, Maria.

Adolescência e início da vida adulta[editar]

Foi então, a partir de 1950, que Tida deixa a vida rural e passa a ser uma cidadã integrante e parte da cidade de Ribeirão Preto. Como havia experiência com o cultivo e a organização de algodão, no início da década de 1950, trabalhou juntamente com suas irmãs mais novas nas Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo. Ela ficou nas indústrias por seis anos, e acabou desenvolvendo um problema nos olhos, precisando aposentar por incapacidade para o trabalho. Tida tinha olhos azuis-celestes e cabelos louros escuros, e isso chamou a atenção de Arthur de Souza, com quem se casou aos dezoito anos, em 22 de novembro de 1951.

Tida Corsi no início da década de 1950

Após o casamento, continuou a morar com seus pais. Ao entorno de 1950, João Emboaba da Costa, dono das fazendas onde seu pai e sua mãe habitavam, desfaz de suas terras, que são vendidas e arrematadas em conjunto, posteriormente destruídas e transformadas em lotes de bairro, donde insurge as atuais localidades do Alto da Boa Vista, Jardim Califórnia, dentre outros. Pilade, então, com a venda do imóvel e sua consequente arrematação, teve que desocupar o lugar, ocasião em que teve de realocar com sua família para viver com José Corsi, um dos filhos mais velhos, que habitava na Villa Virgína. Embora já fosse casado, José recepcionou toda a sua família sem reclamar, e deixou que habitassem sua casa ao menos uma década. Tida viveu, nesta época, no quintal da casa dele.

O pai de Tida falece nesta casa do irmão José em 25 de fevereiro de 1975, e logo depois, em 30 de novembro de 1981, falece o próprio José, ocasião em que precisam mais uma vez, se realocar. Durante um breve período de tempo, Tida, seus filhos mais novos, Nircina Corsi e Maria Cella são recepcionadas pela irmã mais nova Olga Corsi, que os acolhem até que pudessem encontrar um lugar para ficar. Desta feita, se mudam novamente para um imóvel alugado na Rua Coronel Luiz da Cunha na Vila Tibério, Tida, Nircina, Maria Cella, e os filhos mais novos de Tida, Edson, Marilza, Elaine, Paulo César e Rogério, onde viveram por vinte e cinco anos.

O casamento de Tida também foi muito dificultoso, porque o marido dela não a tratava com respeito: traía, batia, humilhava, e chegou até mesmo a abandoná-la por um tempo para se aventurar no nordeste do país. Quem deu suporte para Tida foi a sua família, especialmente sua mãe Maria Cella, e sua irmã Nircina Corsi, que enquanto precisava trabalhar como doméstica, auxiliaram na criação dos filhos de Tida. É nesta residência que moraram por último que falece Maria Cella em 26 de outubro de 1985 e Nircina Corsi em 20 de maio de 1994, e desde então que Tida se vê como único esteio e base familiar para os filhos e netos, no início de sua velhice, aos sessenta e um anos.

Relato de Elaine de Souza, filha de Maria Aparecida Corsi, tomado em 04 de agosto de 2023, relembra de Nircina Corsi e de como ela auxiliou na criação dos filhos de Tida e ajudou seus pais Pilade e Maria na velhice.

Últimos Anos[editar]

Por volta dos anos 2000, adquire um imóvel no Jardim Juliana, onde se muda e passa a residir até seus últimos dias de vida. A princípio vive com o filho Paulo César e seus netos, filhos dele, mas depois passa a conviver com a filha Elaine de Souza, que é aquela que realmente cuidará dela quando sua saúde começa a deteriorar.

Tida, que teve sério problemas relacionados a um ferimento que nunca cicatrizava em uma das pernas, assistiu a todos os irmãos partirem, e tornou-se logo no início de 2022 a última sobrevivente de sua geração com a morte de Geraldo Corsi aos noventa anos. Infelizmente, quando Geraldo morreu, Tida já sofria de Demência desde os oitenta e cinco anos, que adquiriu ao entorno de 2019, e por tanto, também já se encaminhava para o fim de sua trajetória aqui na terra.

Relato de Elaine de Souza, filha de Maria Aparecida Corsi, tomado em 04 de agosto de 2023, sobre a rotina de vida e saúde de Tida já na velhice.

Em 10 de agosto de 2023, aos noventa anos, foi condecorada por Vinci Corsi como Mestra na Ordem da Raposa pela sua contribuição no seio familiar e por ter sido uma pessoa tão valorosa a todos.


Títulos e Honrarias[editar]

Honrarias[editar]

Ancestrais[editar]

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arcangiolo Corsi
 
 
 
 
 
 
 
Angiolo Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giuditta Panciatichi
 
 
 
 
 
 
 
Pietro Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antonio Giovannini
 
 
 
 
 
 
 
Maria Anna Carolina Giovannini
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Francesca de' Ricci
 
 
 
 
 
 
 
Pilade Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giovanni Antonio Graziani
 
 
 
 
 
 
 
Vincenzo Graziani
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chiara de' Bardi
 
 
 
 
 
 
 
Teresa Graziani
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Francesco Boni
 
 
 
 
 
 
 
Verona Fortunata Boni
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Angiola Panciatichi
 
 
 
 
 
 
 
Maria Aparecida Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pasquale Cella
 
 
 
 
 
 
 
Angelo Cella
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lucia Antoniazzi
 
 
 
 
 
 
 
Pasquale Antonio Cella
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Angelo Zanchetta
 
 
 
 
 
 
 
Modesta Zanchetta
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teresa della Gattaia
 
 
 
 
 
 
 
Maria Cella
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giuseppe Bazzan
 
 
 
 
 
 
 
Vincenzo Bazzan
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria de' Cerchi
 
 
 
 
 
 
 
Teresa Bazzan
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bartolo Freato
 
 
 
 
 
 
 
Marianna Freato
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Bazzan
 
 
 
 
 
 

Ligações Internas e Externas[editar]

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