Esta wiki foi não teve nenhuma edição nem entrada nos registos durante os últimos 45 dias e foi marcada automaticamente como inativa. Se quiser impedir a wiki de ser fechada mostre alguns sinais de atividade. Se não houver sinais de utilização da wiki nos próximos 15 dias, ela será fechada de acordo com as normas de dormência (que todos os fundadores de wikis aceitam ao pedir uma wiki). Se a wiki for fechada e ninguém a reabrir nos próximos 135 dias, ela será candidata para eliminação. Nota: se é burocrata da wiki, pode ir a Special:ManageWiki e desmarcar "inativa" por si próprio.
De Família Corsi
Ir para navegação Ir para pesquisar


Olga Corsi
Décima Primeira Marquesa de San Pellegrinetto e Décima Quarta de Caiazzo
Olga Corsi
Marquesa de San Pellegrinetto
Reinado 25 de fevereiro de 1975 até 15 de novembro de 2012 (37 anos)
Predecessor Pilade Corsi
Sucessora Gislaine Corsi
Marquesa de Caiazzo
Reinado 25 de fevereiro de 1975 até 15 de novembro de 2012 (37 anos)
Predecessor Pilade Corsi
Sucessora Gislaine Corsi
 
Nascimento 06 de julho
  Ribeirão Preto
Morte 15 de novembro (75 anos)
  Ribeirão Preto
Esposo Alfredo Marciano
Descendência Almir Corsi
Shirlene Corsi
Darli Corsi
Miriam Corsi
Casa Corsi
Dinastia Corsi-Bonamici
Pai Pilade Corsi
Mãe Maria Cella
Brasão

Olga Corsi (Fazenda Santo Antonio. Ribeirão Preto, 06 de julho de 1937 - Ribeirão Preto, 15 de novembro de 2012) foi a décima primeira marquesa de San Pellegrinetto e a décima quarta de Caiazzo. Chefiou tacitamente o marquesado por trinta e sete anos de 1975, logo após a morte do seu pai Pilade Corsi, até a sua própria em 2012, sendo a primeira mulher a assumir o título de marquesa de San Pellegrinetto.

Vida[editar]

Primeiros Anos[editar]

Nascida na Fazenda Santo Antonio em Ribeirão Preto em 06 de julho de 1937, foi a filha caçula de dez filhos que chegaram a idade adulta do marquês Pilade Corsi e Maria Cella. Foi batizada com nome Olga em homenagem a sua tia de mesmo nome, que também foi a filha mulher caçula do avô dela, Pietro.

Desde pequena foi envolvida diretamente com a lida da fazenda. Sua família habitava desde o início da década de 1910 a fazenda Santo Antonio, mas era desde 1917 que seu pai Pilade ficou encarregado, em nome de João Emboaba da Costa, de suas fazendas, plantío e colheita, tendo alguns privilégios. Quando Olga nasceu, não havia mais a geração de café no local, e toda a criação do lugar se voltava ao algodão.

A fazenda era situada na região da Estação Ferroviária Santa Thereza da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e limítrofe da Fazenda Vista Alegre de Francisco Schmidt, cortada pelo Ribeirão de codinome "Preto", que batizou a cidade homônima. Estava localizada onde hoje repousa o bairro Alto da Boa Vista e a Vila Virgínia.

Olga cresceu e foi criada, por tanto, assim como todos os seus irmãos, redirecionada ao plantío e colheita como todo agricultor. Desde pequena aprendeu a cozinhar e foi influenciada ao serviço doméstico, e, seguindo os trilhos do trem desta dita Estação Ferroviária Santa Thereza, percorria todos os dias quase seis quilômetros de distância entre a colônia em que vivia e as plantações para levar as marmitas de seus irmãos que já trabalhavam diretamente na lida e colheita de insumos.

Fotografia de 1925 mostra a colheita do algodão na fazenda Santo Antonio em Ribeirão Preto.

A diferença entre Olga e a irmã mais velha Maria Antonieta, por exemplo, era de vinte anos, de modo que Olga precisou se adaptar as dinâmicas da família desde muito cedo, mas de maneira diferente. Nascida no final da década de 1930, ela não presenciou a era do café em seu auge, e não precisou trabalhar diretamente na lavoura como seus pais e irmãos, e foi mais presente na era da industrialização do país, iniciada no início da década de 1930, muito embora habitasse no interior de uma cidade latente nesta época. Parte do fato de Olga não trabalhar na lavoura, foi uma escolha de seu próprio pai, Pilade, que não queria que ela sofresse como sofreram os irmãos mais velhos, e sempre foi redirecionada ao cuidado interno de casa.

Relato de Elaine de Souza, filha de Maria Aparecida Corsi, tomado em 04 de agosto de 2023, relembra das reuniões de família onde sempre se mencionava que Olga foi a única dos irmãos que não precisaram ir à lavoura.

Ela e uma de suas irmãs, Maria Aparecida, faziam aniversário no mesmo dia. Por isso, comemoravam em conjunto, como se fossem gêmeas. Sempre que o aniversário das duas se aproximava, Pilade organizava uma grande festa na colônia Emboaba, onde habitavam. Olga passou toda sua infância cercada por seus irmãos e por pessoas que trabalhavam na lavoura, e, por tanto, se sentia parte desta comunidade que batizavam de "colônias".

Mapa da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo de 1925, Folha de Ribeirão Preto, revela que em 1925 as estruturas criadas por Antonio Barbosa Ferraz Junior ainda se mantinham, mesmo com o advento do início da industrialização da cidade. Fazenda Santo Antonio, Boa Vista e a Colônia Emboaba aparecem mencionadas no mapa, bem como a fazenda Humaytá, que nesta época ainda pertencia a João Emboaba da Costa

Olga viveu desta maneira, entre as fazendas Santo Antonio e a Colonia Emboaba na Fazenda Boa Vista até a década de 1945, ocasião em que o dono delas, João Emboaba da Costa decide desfazer-se de suas terras que são vendidas e arrematadas em conjunto, posteriormente destruídas e transformadas em lotes de bairro, donde insurge as atuais localidades do Alto da Boa Vista, Jardim Califórnia, dentre outros.

Após a venda de Santo Antonio, Pilade perdeu sua função, pois era encarregado direto nestas fazendas, e a família teve de se realocar arrematando alguns terrenos na Villa Virgínia, localidade onde mudaram e viveram a partir desta década de 1950. Vale apena dizer que Olga nesta época tinha por volta de quatorze anos, e, enquanto alguns irmãos já tinham saído de casa e constituído família, ela seguiu com os pais para esta residência.

A Villa Virgína era um bairro recém inaugurado na cidade de Ribeirão Preto nesta época e estava em uma formação ainda embrionária. Em 1923 foi arrematada em praça pública os lotes da antiga chácara paraíso, que era uma gleba de oito alqueires por Álvaro de Lima, e ele as batizou de Vírginia em homenagem a sua esposa, transformando o lugar em lotes que foram vendidos para pessoas que queriam habitar a cidade. Foi o caso de Pilade e seus familiares, que aproveitaram a oportunidade dos preços mais baixos pela fundação do bairro, para se mudarem.

Ainda, é necessário destacar que, desde a década de 1930, o pai de Olga, Pilade, havia sofrido um grave acidente que incapacitou sua fala por completo e praticamente deformou seu rosto. Então, podemos dizer que já era mais amargo e carrancudo, e não tinha tanto amor para dar, embora tivesse seus momentos. Quem se encarregou disso foi a mãe dela, Maria.

Adolescência e início da vida adulta[editar]

Foi então, a partir de 1950, que Olga deixa a vida rural e passa a ser uma cidadã integrante e parte da cidade de Ribeirão Preto. Como havia experiência com o cultivo e a organização de algodão, no início da década de 1950, trabalhou juntamente com suas irmãs mais novas nas Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo. Em 12 de dezembro de 1956 foi condecorada Dama Comendadora da Imperial Ordem da Rosa por Pedro Henrique de Orléans e Bragança. Não se sabe a circunstância dessa condecoração, que só consta nos arquivos da família Imperial, mas imagina-se que tenha se dado ao fato e dedicação de Olga à época em que trabalhou nas Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, ou à época em que a família Imperial esteve brevemente em Ribeirão Preto na década de 1950, e visitou a dita fábrica.

Olga se tornou uma mulher linda e elogiada por todos pela sua beleza. Tinha olhos azuis-celestes e cabelos louros escuros, e isso chamou a atenção do sindicalista Alfredo Marciano com quem se casou aos vinte anos, em 18 de março de 1958. Do seu casamento recebeu como presente uma pequena carta da escritora feminista Inez Haynes Irwin que posteriormente viria a se popularizar como um pequeno texto intitulado "Dear Olga". [1]

Olga Corsi na juventude

Após o casamento, mudou-se da casa dos pais, mas manteve-se no mesmo bairro deles, adquirindo com o marido um terreno na Villa Virgínia, mais especificamente no ínicio da Rua Paulo de Frontim, 731, à época que o bairro começava a se desenvolver. Lá construíram uma pequena residência, e foi nesta casa que nasceram suas quatro crianças: Almir, nascido em 12 de agosto de 1958, seguido de três mulheres, Shirlene, nascida em 01 de novembro de 1959, Darli, nascida em 10 de fevereiro de 1966 e a caçula Miriam, nascida em 07 de setembro de 1968.

O pai de Olga falece na casa do irmão dela José Corsi em 25 de fevereiro de 1975, e logo depois, em 30 de novembro de 1981, falece o próprio José, ocasião em que, durante um breve período de tempo, Tida e seus filhos mais novos, Nircina Corsi e Maria Cella são recepcionados e acolhidos por Olga neste primeiro imóvel até que pudessem encontrar um lugar para ficar.

Olga viveu com seu marido Alfredo nesta casa por quarenta anos até que, por questões de segurança e de buscarem um lugar melhor, precisaram se desfazer dela logo no ínicio dos anos 2000, quando Olga tinha por volta dos sessenta e três anos de idade. O imóvel, que ainda persiste na atualidade, hoje é uma loja de cosméticos chamado "Silvia Perfumaria & Cósmeticos".

Na ocasião da venda do primeiro, adquiriram um segundo imóvel ao final da mesma rua da antiga casa, Rua Paulo de Frontim, ao lado esquerdo do imóvel de esquina numerado 1775. É nesta casa que Olga passa seus últimos dias, junto do marido Alfredo. Brevemente, cumpre mencionar que o marido dela foi um renomado e experiente chefe de cozinha, atuante no antigo Hotel Brasil e no Comercial Futebol Clube. Também foi sindicalista e, por conta da prestação de seus serviços e liderança que foi batizado em sua homenagem o Sindicato de Hotelaria e Similares, localizado no bairro Ribeirânia em Ribeirão Preto.

Olga Corsi e seu marido Alfredo Marciano

Últimos anos[editar]

Durante a década de 1980 e 1990, Olga, que já era avó de sete netos, continuava no centro familiar. Muito admirada e respeitada por todos a sua volta, cuidava com amor e cuidado de todos os netos, fazendo mais por eles que por si mesma. Durante toda a sua vida, mas especialmente quando caminhou para a velhice, ela se tornou uma pessoa totalmente dedicada aos seus familiares, e isso fez com que todos, sem exceção, a admirassem. Cuidou da neta Gislaine Corsi quando sofreu de depressão e síndrome do pânico, da filha Miriam Marciano quando uma de suas cirurgias teve graves complicações e do próprio marido Alfredo Marciano que lutou contra a doença de Parkinson desde o início dos anos 2000 até sua morte em 23 de novembro de 2007. Quando enviuvou tinha setenta anos de idade.

Mas, já próxima do fim, também teve seus próprios dilemas. Ficou diabética, hipertensa, e chegou na velhice obesa, refletindo maus hábitos alimentares que cultivou em vida, e acabou falecendo em 15 de novembro de 2012, aos setenta e cinco anos, após uma falência generalizada dos rins que a matou em poucos dias. A casa onde morava ficou para a filha Miram Marciano, que anos depois a reformou. [2]

Títulos e Honrarias[editar]

Títulos[editar]

  • 25 de fevereiro de 1975 - 15 de novembro de 2012 - Marquesa de San Pellegrinetto (tácito)
  • 25 de fevereiro de 1975 - 15 de novembro de 2012 - Marquesa de Caiazzo (tácito)

Honrarias[editar]

Ancestrais[editar]

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arcangiolo Corsi
 
 
 
 
 
 
 
Angiolo Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giuditta Panciatichi
 
 
 
 
 
 
 
Pietro Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antonio Giovannini
 
 
 
 
 
 
 
Maria Anna Carolina Giovannini
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Francesca de' Ricci
 
 
 
 
 
 
 
Pilade Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giovanni Antonio Graziani
 
 
 
 
 
 
 
Vincenzo Graziani
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Chiara de' Bardi
 
 
 
 
 
 
 
Teresa Graziani
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Francesco Boni
 
 
 
 
 
 
 
Verona Fortunata Boni
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Angiola Panciatichi
 
 
 
 
 
 
 
Olga Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pasquale Cella
 
 
 
 
 
 
 
Angelo Cella
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lucia Antoniazzi
 
 
 
 
 
 
 
Pasquale Antonio Cella
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Angelo Zanchetta
 
 
 
 
 
 
 
Modesta Zanchetta
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teresa della Gattaia
 
 
 
 
 
 
 
Maria Cella
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giuseppe Bazzan
 
 
 
 
 
 
 
Vincenzo Bazzan
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria de' Cerchi
 
 
 
 
 
 
 
Teresa Bazzan
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bartolo Freato
 
 
 
 
 
 
 
Marianna Freato
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Bazzan
 
 
 
 
 
 

Referências

  1. Gilmore 1958, p. 1-2.
  2. Corsi 2022, p. 640-645.
  3. 3,0 3,1 Gilmore 1958, p. 1.

Bibliografia[editar]

Fontes primárias[editar]

  • Gillmore, Inez Haynes (1958). Dear Olga (em inglês). Scituate: [s.n.] 

Ligações Internas e Externas[editar]

Cookies nos ajudam a entregar nossos serviços. Ao usar nossos serviços, você concorda com o uso de cookies.