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De Família Corsi
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Angiolo Corsi
Oitavo Marquês de San Pellegrinetto e Décimo Primeiro de Caiazzo
Angiolo Corsi
Angiolo Corsi por Giovanni Boldini
Marquês de San Pellegrinetto
Reinado 09 de julho de 1879 até 05 de outubro de 1891 (12 anos)
Predecessor Arcangiolo Corsi
Sucessor Pietro Corsi
Marquês de Caiazzo
Reinado 09 de julho de 1879 até 05 de outubro de 1891 (12 anos)
Predecessor Arcangiolo Corsi
Sucessor Pietro Corsi
 
Nascimento 22 de abril
  Pietrasanta
Morte 05 de outubro (63 anos)
  Pietrasanta
Esposa Maria Anna Carolina Giovannini
Descendência Oreste Corsi
Jacopo di Angiolo Corsi
Giuseppe Corsi
Lorenzo Corsi
Pietro Corsi
Alduina Corsi
Casa Corsi
Dinastia Corsi-Bonamici
Pai Arcangiolo Corsi
Mãe Giuditta Panciatichi
Assinatura Assinatura de Angiolo Corsi
Brasão

Angiolo Corsi (Pietrasanta, 22 de abril de 1828 - Pietrasanta, 05 de outubro de 1891) foi o oitavo marquês de San Pellegrinetto e o décimo primeiro de Caiazzo, chefiando a família por doze anos de 1879 a 1891. Enquanto líder, alterou em 02 de junho de 1882 as regras de sucessões do marquesado, realizando a troca de seus herdeiros presuntivos. Além disso, foi um modelo de artes plásticas da cidade de Florença, retratado por muitos pintores que praticavam o desenho de modelo vivo, dentre os quais se destacou a pintura feita por Giovanni Boldini que o retratou em 1862. [1] [2]

Vida[editar]

Primeiros Anos[editar]

Nascido em Pietrasanta em 22 de abril de 1828, foi o terceiro de cinco filhos do Marquês Arcangiolo Corsi e de Giuditta Panciatichi. A avó paterna de Angiolo, Maria Domenica Fini, era filha do quinto Barão de Jablanaz e Gutenegg Girolamo Francesco Fini e por parte materna, descendia dos aristocráticos Panciatichi de Florença. A combinação e junção de todos esses fatores fizeram com que Angiolo tivesse uma infância plena e abastada, onde nada lhe faltou.

Aficionado por arte e música, por intermédio da família materna estudou na milenar Universidade de Florença, onde desde novo aprendeu a estreitar e fazer laços naquela cidade. Foi muito próximo do avô materno Jacopo Panciatichi, que lhe ensinou sobre teoria musical e pintura, além do trabalho voluntário voltado a caridade, que exerceu por intermédio da igreja católica por alguns anos.

Adolescência e início da vida adulta[editar]

Angiolo presenciou o início do declínio familiar quando ainda era jovem, com a falência do pai em 1844 quando tinha apenas dezesseis anos. Três anos depois foi alistado em 1847 junto com a família como colono, e, para talvez benefício dos requisitos imigratórios, que privilegiavam famílias em detrimento de indivíduos, se casou muito jovem, aos dezoito anos, com Maria Anna Carolina Giovannini em 24 de janeiro de 1847 na Paróquia de San Salvatore em Pietrasanta. [1]

A obra do bibliotecário e escritor italiano Carlo Padiglione de 1915 descreve que Angiolo tentou reparar o passado do pai e viveu boa parte da sua vida ao exercício de obras de caridade, voltando ao "emérito proposito" que fez com que a família se alinhasse novamente a Ordem de Malta de onde ainda eram cavaleiros. Este mesmo Angiolo estudou a possibilidade de se tornar membro efetivo e celibatário na ordem, mas antes que pudesse efetivar seus votos foi posto em matrimônio pelo pai, o que também poderia justificar a pressa com que foi arranjado em bodas. [3]

O jovem passou, então, a frequentar ciclos de música e arte em Florença, qual parecia fascinar-se e onde se destacou por sua beleza e seu talento. Inúmeros pintores usaram Angiolo em seus rascunhos para o aprimoramento de suas pinturas, dentre as quais aquela feita em 1862 por Giovanni Boldini, que se tornou um grande amigo de Angiolo. [1] [2]

Ele passou tanto tempo em Florença, que lá residiu algum tempo, e dos seus filhos, ao menos dois se casaram com mulheres qual antecessores também remetiam a cidade. Angiolo teve seis filhos ao longo de sua vida boêmia – cinco que sobreviveram a infância – mas todos com a mesma mulher, a esposa com quem casara aos dezoito anos. [4] [2]

Ascensão[editar]

Quando o pai de Angiolo falece em 08 de julho de 1879 aos oitenta e quatro anos e ele ascende como marquês, assume o cargo em um momento de grande instabilidade familiar e luto. A filha caçula dele, Alduina Corsi, havia falecido prematuramente aos onze, poucos anos antes em 07 de fevereiro de 1876, e ele não sentia, e não queria, que os filhos mais velhos assumissem a posição de herdeiros presuntivos do marquesado. Diversos motivos foram levantados sobre o que o levou em 02 de junho de 1882 aos cinquenta e quatro anos, com larga prole masculina, a mudar as regras de herança do Marquesado, que antes era uma primogenitura agnática, para uma últimogenitura agnática.

Alguns pontos que se especulam são que pode ter sido uma questão de afinidade com o filho mais novo em linha, Pietro Corsi, que teve aulas de piano e pôde se graduar em "Giurisprudenza" pela Universidade de Pisa, e que, estimulado pelo pai, passou também a frequentar os ciclos sociais aristocráticos de Florença, onde, inclusive, conheceu sua esposa. No entanto, essa justificativa não se sustenta muito plausível, visto que todos os filhos de Angiolo foram por ele bem cuidados em pé de igualdade, todos também formados e, assim como Pietro, inclusos nos ciclos sociais florentinos. O filho mais velho Oreste Corsi, inclusive, não só circulou por lá como fez em Florença morada, quando decidiu casar-se com Francesca da família Tommasi.

Um segundo argumento que me parece mais plausível é que Angiolo, que foi sempre descrito como muito amável, caridoso e humano, notou desvios nos traços de personalidade do seu herdeiro presuntivo que era Oreste Corsi, e tentou encontrar uma maneira de mudar a ordem das coisas na tentativa de salvar o marquesado. Sabe-se que Oreste foi muito presente e próximo do avô Arcangiolo Corsi, que o criou e ensinou na alusão que ele sucederia Angiolo no futuro por ser o neto mais velho. No entanto, Angiolo e o pai não nutriram boa relação, e é necessário ressaltar que, ainda, havia presenciado a falência da família Corsi quando adolescente e teve de viver com o avô materno na residência dos Panciatichi. Havia ali, em toda essa história, muito rancor, e tudo isso, somado ao fato de que Oreste parecia se inclinar a vícios de jogos e apostas, tal como Arcangiolo, pode ter sido um ponto culminante para que Angiolo fizesse o que fez. Tanto que, mudou as regras do marquesado somente após a morte do pai, que devia ser contra a alteração do herdeiro presuntivo.

Últimos dias[editar]

Após a mudança e a alteração do seu herdeiro, tudo mudou na vida de Angiolo. Seu filho mais velho Oreste Corsi passou a ignorá-lo, o que lhe afetou em demasiado, e pôde ser encontrado por diversas vezes na porta da família Tommasi intentando qualquer conciliação, que nunca veio. Isso acometeu em Angiolo uma tristeza profunda, da qual não foi capaz de se recuperar, ainda que, na cabeça dele, tivesse feito o que fez pelo bem de todos.

É, nesse ínterim, que ele deixa Florença e passa a viver com os filhos Pietro, Jacopo. Giuseppe e Lorenzo em Pietrasanta. Ele falece pouco depois em 05 de outubro de 1891. [5] Após a sua morte, os filhos dele Pietro, Giuseppe, Lorenzo e Jacopo emigram para o Brasil, e Oreste fica encarregado de cuidar dos bens familiares na Itália, os quais se desfaz em menos de uma década.

Legado[editar]

Na opinião da escritora Inez Haynes Irwin que escreveu um soneto em 1958 para a Marquesa Olga Corsi em celebração ao seu casamento, recordou Angiolo, que era trisavô de Olga, como tendo sido o mais honrado e prestigioso de sua família em muitas gerações. [6]

Títulos e Honrarias[editar]

Títulos[editar]

  • 08 de julho de 1879 - 05 de outubro de 1891 - Marquês de San Pellegrinetto
  • 08 de julho de 1879 - 05 de outubro de 1891 - Marquês de Caiazzo

Honrarias[editar]

Ancestrais[editar]

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giovanni II Corsi
 
 
 
 
 
 
 
Marco Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Maddalena Rossini
 
 
 
 
 
 
 
Giovanni III Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Girolamo Bertone
 
 
 
 
 
 
 
Pellegrina Bertone
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Panfilia Rossini
 
 
 
 
 
 
 
Arcangiolo Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Girolamo Fini
 
 
 
 
 
 
 
Girolamo Francesco Fini
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elena Donatini
 
 
 
 
 
 
 
Maria Domenica Fini
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pietro Cappello
 
 
 
 
 
 
 
Marianna Cappello
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paola Fini
 
 
 
 
 
 
 
Angiolo Corsi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bandino Panciatichi
 
 
 
 
 
 
 
Benedetto Panciatichi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giulia Corsi
 
 
 
 
 
 
 
Jacopo Panciatichi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giuseppe Bordoni
 
 
 
 
 
 
 
Giovanna Bordoni
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Giulia Strozzi
 
 
 
 
 
 
 
Giuditta Panciatichi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lorenzo Evangelisti
 
 
 
 
 
 
 
Lorenzo di Lorenzo Evangelisti
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mattea Graziani
 
 
 
 
 
 
 
Mattea Evangelisti
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Domenico Giraldi
 
 
 
 
 
 
 
Maria Antonia Giraldi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maria Cerretani
 
 
 
 
 
 

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 Corsi 2022, p. 619-620.
  2. 2,0 2,1 2,2 Fantoni 1866.
  3. 3,0 3,1 Padiglione 1915, p. 5.
  4. Corsi 2022, p. 619-622.
  5. Corsi 2022, p. 621-623.
  6. 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 Gilmore 1958, p. 1.

Bibliografia[editar]

Fontes primárias[editar]

  • Fantoni, Gabrielle (1866). Nuovo durimo italiano ossia compedio di storia d’Italia ne’suoi martire: dalla battaglia di legnano, 1176, fino ai giorni del risorgimento italiano a tutto l’anno 1863 (em italiano). [S.l.: s.n.] 

Fontes secundárias[editar]

  • Annuario (em italiano). [S.l.]: Italy. Ministero delle finanze. 1879 

Ligações Internas e Externas[editar]

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