Essa pintura de Artemisia Gentileschi, realizada entre 1630 a 1635, foi intitulada "Corsica e o Sátiro" e retrata a progenitora do povo corso, por vezes chamada de Corsa, outras de Corsica, e outras de Corisca. Segundo Gaius Salustius Crispus, historiador, político e senador romano de antes de Cristo, a população dos Corsos e a ilha de Córsega remonta a Corsa, uma mulher da etnia lígure que pastava rebanhos em uma ilha que, ao decidir fazer nela morada, passou a levar seu nome. Quando os Corsi adentraram o povo romano, incluíram a dita Corsa em um mito que ficou conhecido como "Corsica e o Sátiro", onde Corsica é retratada como uma ninfa que aceita presentes, roupas e sandálias de um sátiro, ocasião em que, motivado pela aceitação de Corsica, se apaixona e tenta com ela ter relações sexuais. Ele a agarra pelos cabelos, que soltam em suas mãos por ser uma peruca, e Corsica consegue escapar deixando o sátiro com o cabelo em mãos. A moral do mito serve como ponte e lição para a desconfiança do excesso de benevolência gratuita.
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